Bem-Estar

Cinofobia: o que é e como lidar com a questão psicológica

Publicado em 30 de abril de 2020

Tempo de leitura: 4min

Ficar receoso ao se deparar com um cachorro grande, forte e com sinais de agressividade é natural e até recomendado. O problema é quando o medo de cachorro foge do controle e se torna irracional, em qualquer situação, mesmo quando eles não oferecem o menor risco. Esse medo irracional de cães é chamado de cinofobia

cão dando a pata para tutor

Quando o medo de cachorro é considerado cinofobia?

Para entender o que é cinofobia, imagine a seguinte situação: você chega na casa de um amigo para visitá-lo. Ao entrar na propriedade, um enorme Rottweiler olha para você e começa a rosnar em sua direção. 

Por mais que você seja apaixonado por cachorros, é natural sentir medo nesse caso. Agora, imagine que no lugar do Rottweiler estivéssemos falando de um Shih-Tzu e que, em vez de rosnar para você, ele apenas pulasse em sua perna amigavelmente. 

Para a maior parte das pessoas, a diferença entre as duas situações descritas é evidente: no primeiro caso, o cachorro de fato representa perigo, ou seja, trata-se de um medo racional. 

Já no segundo, não há fundamento para o medo excessivo. E é desse tipo de medo de cachorro irracional que tratamos quando falamos em cinofobia, um problema psicológico que exige atenção.

Sintomas da cinofobia

Ao contrário de um medo que surge em situações pontuais, a cinofobia impacta gravemente o dia a dia de quem sofre com o problema. Entre os sintomas da cinofobia estão:

  • Falta de ar;
  • Crise de choro;
  • Agitação e tremores;
  • Náuseas e desconforto gastrointestinal;
  • Sudorese;
  • Taquicardia;
  • Paralisação do corpo,
  • Desmaios.

Se você apresenta um ou mais desses sinais ao se deparar com um cachorro, independentemente do porte dele ou da situação, procure a ajuda de um psicólogo!

Principais causas da cinofobia

A cinofobia, muitas vezes, está associada a algum trauma. Nesse sentido, é relativamente comum que alguém que tenha sofrido um ataque grave de cachorro no passado desenvolva um medo irracional e generalizado de cães. 

pata de cachorro peludo

No entanto, a fobia de cachorro também pode estar relacionada a traumas de maneira indireta, exigindo uma investigação mais aprofundada. Ainda que nem sempre leve a quadros graves de medo de cachorro, a cautela excessiva dos pais também pode contribuir para a cinofobia. 

Por receio de que a criança se machuque, muitos pais exageram os perigos representados por um cachorro, alertando para o risco de mordidas e/ou transmissão de doenças. Dependendo do tom e da frequência das ameaças, a criança pode crescer insegura e desenvolver um medo irracional de cachorro.

Qual é a cura da cinofobia?

Para tratar a fobia a cachorro, não basta colocar a pessoa cinofóbica diante de um cachorro e informá-la que ele é dócil e inofensivo. A cinofobia diz respeito a um medo irracional cuja origem pode estar em traumas ligados ou não a experiências prévias negativas com cachorro. 

Para tratá-la, portanto, é imprescindível investigar as causas com a ajuda de um psicólogo. Uma vez identificadas as possíveis origens da cinofobia em determinado paciente, algumas técnicas como a dessensibilização sistemática e a terapia de exposição são muito úteis para ajudar as pessoas a perder o medo de cachorro aos poucos. 

Vale lembrar que o tratamento para perder o medo de cachorro deve ser feito com acompanhamento e de maneira gradual, sempre respeitando os limites de cada paciente. A exposição forçada só tende a piorar o quadro!

patinhas de cachorro

Por fim, se você conhece alguém que sofre de cinofobia, a dica da Petz é: se coloque no lugar da pessoa e imagine como deve ser difícil conviver com essa fobia e lidar com ela todos os dias. Não julgue, não menospreze e não tente promover “terapias de exposição” forçadas. Em vez disso, seja paciente e incentive a pessoa a procurar ajuda. 

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