Você sabe o que é refluxo em cães? Diferentemente do vômito, o refluxo é a passagem de conteúdo do estômago para a boca de forma involuntária, sem esforço e sem eliminação efetiva do alimento. Outro aspecto que diferencia o refluxo do vômito é que o primeiro não costuma vir acompanhado de outros sintomas, como náuseas.
Mas atenção! Apesar de aparentemente inofensivo, cachorro pode ter refluxo constante, o que desencadeia inflamações e até mesmo pneumonia. Saiba como reconhecer refluxo em cães e o que fazer em caso de suspeita.
Embora o refluxo seja um problema comum em seres humanos, não custa nada esclarecer um pouquinho do que ocorre no organismo quando ele entra em ação. Isso porque ele acontece da mesma maneira em cachorros.
“Quando ingerimos um alimento, ele entra pela boca, passa pela faringe e pelo esôfago até chegar ao estômago”, explica o Dr. Ítalo Cássio, médico-veterinário especialista em emergência e terapia intensiva e coordenador técnico da Petz. “Entre o esôfago e o estômago existe um músculo chamado esfíncter, que deve permanecer fechado a maior parte do tempo”.
Esse músculo funciona como uma válvula que se abre quando engolimos, permitindo a passagem do alimento”, continua o veterinário. Ou seja, quando aberto fora de hora, o esfíncter permite que parte do conteúdo presente no estômago volte para o esôfago. Esse é o quadro conhecido como refluxo gastroesofágico.
Como visto, o refluxo é caracterizado pelo retorno do alimento do estômago para o esôfago, por meio de uma abertura inadequada do esfíncter. Mas o que causa essa anomalia?
De acordo com Ítalo, o refluxo gastroesofágico é um processo normal, ocasionado principalmente por dilatação esofágica, esofagite e, mais comumente, pela ingestão de alimentos em maior quantidade que a capacidade de entrada estomacal.
Nesse sentido, o especialista diz que raças de pequeno porte são as mais predispostas ao problema. “O tutor de um cão com 4 kg precisa saber que o estômago desse pet é bastante pequeno, com capacidade limitada”, alerta. Ao ingerir grandes volumes de alimento, ultrapassando essa capacidade, o pet precisará vomitar ou regurgitar.
Já os problemas no esôfago propriamente dito, como a dilatação e as inflamações, podem ter origem em fatores que vão desde alterações congênitas até lesões causadas por corpos estranhos, passando por neoplasias e hérnia hiatal.
Por si só, o refluxo em cães é um quadro que causa poucos ou nenhum sintoma. Diferentemente do que ocorre com o vômito, no refluxo, o pet muitas vezes não dá sinais de que irá eliminar algum conteúdo alimentar.
No entanto, dependendo da causa, os sintomas de refluxo em cachorro podem ser inespecíficos, como, por exemplo, a falta de apetite. É o que pode acontecer quando há presença de corpo estranho no esôfago, por exemplo.
Quanto aos riscos para a saúde do cão, Ítalo diz que, quando é muito frequente, o refluxo gastroesofágico pode causar esofagites e até pneumonia, que ocorre quando há aspiração do conteúdo alimentar. Já nos casos em que o refluxo é esporádico, os riscos são baixos desde que não haja aspiração do alimento ou corpo estranho.
O diagnóstico do refluxo gastroesofágico passa pela identificação da causa do problema. Para tanto, além da anamnese (entrevista com o tutor) e da avaliação clínica, o veterinário também poderá solicitar exames de imagem, incluindo endoscopia em alguns casos.
O tratamento está diretamente relacionado à causa do refluxo de cachorro. Isso porque, boa parte das vezes, proporcionar uma alimentação balanceada, em quantidade adequada ao porte do pet, é suficiente para reduzir significativamente a frequência do problema.
Já em casos de alterações congênitas, Ítalo diz que estimular o pet para permanecer em posição bipedal por 30 minutos após a refeição é uma opção para prevenir o refluxo em cachorro.
Agora que você sabe as causas e tratamento de refluxo em cães, confira o blog da Petz e tenha acesso a outros conteúdos de bem-estar e saúde animal!
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