O espirro reverso em cachorros é um problema comum e que pode assustar alguns tutores. Ele se manifesta como um som alto, semelhante a um ronco, e que, para muitos, lembra um sufocamento.
Mas, afinal, será que o espirro reverso é mesmo grave? Quais são as suas causas? E o que fazer para ajudar o pet em momentos de crise?
Pedimos a ajuda da médica-veterinária da Petz, Dra. Ligia Antocheski Garcia, para acabar com essas dúvidas sobre o tema. Vamos conferir?
Você sabe por que espirramos? Tanto para nós como para os cachorros, o espirro tradicional nada mais é do que um mecanismo de defesa do organismo.
Acionado sempre que algo obstrui e irrita nossas vias aéreas, o espirro nos leva a expelir ar pelos pulmões com força, expulsando o corpo estranho. Por isso, o fluxo gerado por alguns espirros pode atingir até 160 km/h!
No caso do espirro reverso em cães, também conhecido como respiração paroxística inspiratória, em vez de expelir, o organismo do pet joga o ar para dentro da cavidade nasal.
Isso dificulta a respiração e produz um som característico do quadro, parecido com uma tosse.
Há vários motivos para o seu cachorro estar espirrando, quando se trata de espirro reverso, as causas são as mesmas que desencadeiam o espirro convencional. Ele é provocado, portanto, por qualquer fator que cause obstrução das vias respiratórias.
Como nos casos de acúmulo de secreção, inalação de produtos químicos, poeira ou água, alergias, mudanças bruscas na temperatura, presença de pólipos ou neoplasias, entre outros.
De acordo com a Dra. Ligia, todos os cães, independente de seu porte e raça, podem apresentar o espirro em algum momento. Já o motivo de alguns cães terem espirro reverso recorrente e maior predisposição ao problema tem a ver com a anatomia.
“Ele é mais comum em cães de pequeno porte e braquicefálicos (com focinho achatado) devido a alterações anatômicas características, como prolongamento de palato mole e estenose das narinas”, explica a veterinária.
Entre as raças citadas pela especialista estão pug, shih-tzu, lhasa apso, pequinês, buldogue francês e buldogue inglês.
Presenciar essa situação em um cachorro pela primeira vez não é uma experiência agradável. O ar jogado para dentro da cavidade nasal faz parecer uma tosse, como se o cachorro estivesse engasgando.
E não são raros os casos de tutores que confundem o espirro reverso com asfixia. Afinal, além do som característico, o pet também fica com o pescoço esticado, patas dianteiras abertas e olhos bem arregalados ou fechados.
A crise de espirro reverso, felizmente, não se prolonga por mais de um ou dois minutos.
Segundo a Dra. Ligia, o primeiro passo é manter a calma, já que o desespero deixa o pet ansioso, piorando os sintomas. Um método de tratamento do espirro reverso é massagear a garganta e tapar brevemente as narinas do cachorro.
“Isso ajuda o cão a deglutir, cessando o problema”, completa. Lembrando que, em caso de crises recorrentes, o veterinário deverá ser consultado, para uma avaliação.
O colapso de traqueia é uma doença progressiva, caracterizada por alterações anatômicas na traqueia. Somente um veterinário, após avaliação clínica e exames complementares, poderá afirmar com certeza a origem do quadro.
No entanto, uma das principais diferenças entre eles é que, enquanto no espirro reverso o cão costuma estar em pé, com o pescoço esticado e patas dianteiras abertas, as crises de colapso de traqueia podem ocorrer quando o pet está em outras posições.
É importante observar seu melhor amigo. Se, além do espirro, ele também apresentar vômitos, desmaios, cansaço, regurgitação, secreção nasal ou se as crises forem muito frequentes ou demorarem muito para passar, leve-o o quanto antes a um veterinário.
Mantenha sempre as vacinas do seu pet em dia. Procure a clínica especializada da Petz, a Seres mais próxima a você e agende uma consulta!
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