Em janeiro de 2020, o cachorro com deficiência Tintim ficou famoso por um motivo muito triste: no intervalo de um dia, ele foi abandonado duas vezes por seus tutores. Graças à repercussão do caso, a história de Tintim teve um final feliz, e ele foi adotado por uma família que o recebeu com muito carinho.
Além de nos trazer esperança, o caso de Tintim também serviu para levantar o questionamento sobre como é conviver e cuidar de um cachorro com deficiência. Para quem tem essa dúvida e pensa em adotar um cachorro deficiente, a seguir, separamos seis coisas que você deveria saber sobre a vida desses pets.
Deficiências como cegueira e paraplegia representam desafios no dia a dia dos pets que sofrem com elas. Nem por isso elas costumam ser motivo para a depressão canina. Isso porque, diferentemente de nós, os cães não se comparam, pensando em como seria a vida sem a condição.
Tampouco remoem sentimentos como culpa, nostalgia ou arrependimento. Por consequência, independentemente de se tratar de uma condição congênita ou adquirida, o lema deles é “bola pra frente”. Daí a alegria que eles demonstram sempre, mesmo com mudanças na rotina.
Falar que os cães deficientes não lidam com sentimentos complexos, como nostalgia e arrependimento, não é o mesmo que dizer que não são afetados pela deficiência. Até que o pet se adapte à nova condição, é natural que ele estranhe e fique mais amuadinho. Mas pode acreditar que, com a sua ajuda, ele vai se adaptar!
No caso de cães com paraplegia, eles muitas vezes encontram um modo de se locomoverem mesmo sem a cadeirinha. Com algum treinamento, cães cegos aprendem a circular pela casa aguçando o olfato e a audição, e podem até mesmo reaprender o lugar onde fazer suas necessidades. Lembrando que essa adaptação depende muito do empenho do tutor para não deixar muitos objetos travando o caminho e para fazer o adestramento.
Quando se fala em cachorro com deficiência, muita gente logo pensa em cães paraplégicos. Mas, assim como acontece entre os seres humanos, existem outros tipos de deficiência, desde um cachorro sem rabo até casos mais graves.
Algumas delas são, inclusive, bem comuns em cachorros idosos, como a cegueira e a surdez. Enquanto a cegueira, por exemplo, impõe mudanças mais significativas no cotidiano do pet — que deve aprender instintivamente os trajetos até cama, comedouro, bebedouro, tapete higiênico —, outras, como a surdez, não interferem tanto dentro de casa.
Seja como for, é importante que o tutor conheça as peculiaridades de cada deficiência para lidar melhor com elas.
As cadeiras de rodas caninas são grandes aliadas na hora de melhorar a qualidade de vida de um cachorro deficiente físico. Com elas, ele pode passear com mais facilidade e sem o risco de se machucar, arrastando o corpinho na calçada.
O que muita gente não imagina é que, se usadas o tempo todo, elas podem ser incômodas. Por isso, quando estão em casa, é comum que pets com deficiência prefiram ficar livres, leves e soltos. Nesse caso, vale respeitar a vontade do cachorro e garantir que o piso seja seguro para ele não se machucar.
Um cachorro deficiente costuma ser associado a muitos gastos no veterinário. Mas isso não é verdade na maior parte das vezes. “Um pet com problemas de visão, por exemplo, precisa que sejam feitas adaptações na casa”, explica a Dra. Renata Alvez, médica-veterinária da Petz.
“Mas não necessariamente requer um tratamento veterinário específico e contínuo”, completa. Vai depender do quadro de cada pet. Especificamente sobre cães com paralisia de algum membro, em geral eles dependem de tratamentos como fisioterapia e acupuntura para não sobrecarregarem os outros membros.
Não importa qual é a deficiência do filho de quatro patas, pode ter certeza de que os passeios ainda são muito importantes para ele. Considerados atividades físicas completas para os cães, os passeios estimulam todos os sentidos dos pets: desde a parte tátil (ao pisar em diferentes texturas) até o olfato.
Durante um passeio, um cão cego não terá o estímulo da visão, mas é gostoso para ele ouvir diferentes sons, sentir novos odores, etc. Com cães surdos, a mesma coisa! Eles se divertem vendo outros cachorros e pessoas, cheirando postes e por aí vai.
Com o auxílio da cadeirinha de rodas, cães paraplégicos podem passear normalmente sem perder qualquer tipo de estímulo. O tutor apenas deve ficar atento à interação do companheiro com os outros cães, já que o aparato pode assustá-los.
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