Por mais que, no fundo, muitos tutores vejam seus filhos de quatro patas como eternos bebês, acredite: saber como funciona a idade canina é importante e vai muito além de mera curiosidade. Afinal, assim como nós passamos por mudanças significativas ao longo da vida, os cães também são afetados pelo tempo.
Isso acontece mesmo que eles permaneçam com aquela mesma carinha irresistível de quando entraram na sua casa pela primeira vez! Por isso, vamos descobrir o que muda na alimentação dos cachorros em cada faixa etária?
Embora cada pet tenha uma personalidade, quem já conviveu com um cachorro por bastante tempo sabe que o comportamento desses animais muda com o passar dos anos.
Enquanto filhotes, parecem estar ligados o tempo todo no 220V. Já os cães adultos se tornam mais tranquilos. Por fim, os idosos adoram os momentos de descanso. Esse é um dos motivos que fazem a idade canina ser tão importante.
A partir disso, já é possível concluir que o gasto energético é alterado conforme as fases da vida do cachorro. Mas as mudanças não param somente na tendência à atividade física do animal.
“De acordo com a idade canina, as necessidades nutricionais mudam em função do maior impacto nas articulações, da maior predisposição à obesidade, das alterações renais, entre outros problemas”, explica a médica-veterinária da Petz, Dra. Tuany do Bosque Maia.
Seja pela praticidade ou pelo custo-benefício, muitos tutores optam pela ração seca para garantir uma alimentação balanceada aos pets. De fato, trata-se de um alimento completo, que pode ser oferecido ao longo de todo o ciclo de vida do cachorro. Para isso funcionar da forma correta, porém, é preciso estar atento às indicações de faixa etária. Para entender melhor, a Dra. Tuany explica o que muda de um tipo de ração para o outro.
Essas rações são mais ricas em determinados nutrientes, como cálcio (para desenvolvimento dos ossos) e proteínas (para maior gasto energético). Isso ocorre porque, segundo a especialista, as necessidades nutricionais de cães filhotes são maiores nos primeiros 12 meses de vida.
Afinal, nessa etapa, ele apresenta desenvolvimento acelerado, envolvendo crescimento dos ossos, ganho de massa muscular, troca de pelos, troca de dentes e a puberdade.
Passada a fase de crescimento, o pet apresenta necessidades nutricionais diferentes, com destaque para substâncias que fortalecem as articulações. Entre elas, a Dra. Tuany cita: condroitina, colágeno tipo 2 e glicosaminas.
Além disso, é preciso se preocupar também com a saúde dos rins. Nesse sentido, a veterinária explica que as rações para cães adultos têm menos nutrientes que estimulam a formação de cálculos nos rins e na bexiga.
Por fim, a doutora alerta que, para os cães adultos, o controle de peso também é muito importante. “Um animal com o peso controlado terá menos risco de alterações decorrentes do sobrepeso, como problemas hormonais, cardíacos, etc”, finaliza.
Considerando que o pet tenha conservado bons hábitos ao longo da vida e tenha chegado à velhice com saúde, as necessidades nutricionais nessa etapa também têm caráter preventivo. “Substâncias como condroitina, glicosamina, colágeno tipo 2, DHA, EPA e ômega 3 podem auxiliar no combate ao envelhecimento”, diz a Dra. Tuany.
Segundo a especialista, o objetivo da ração para cães idosos é promover um reequilíbrio, retardando o aparecimento de alterações como obesidade, artropatias, diabetes, cardiopatias, alterações neurológicas, cálculos renais, entre outros.
Para os que são tutores, vale a pena sempre ficar de olho na tabela de idade de cachorros e garantir que seu pet receba a alimentação adequada para a sua faixa etária.
Como dissemos aqui, considerar a idade canina na hora da escolha da ração é fundamental. Mas ela não é o único fator determinante. “É importante observar o porte, a raça e as principais predisposições do pet para que a nutrição seja específica”, diz a Dra. Tuany.
Por isso, antes de qualquer mudança, o ideal é procurar um veterinário. Mesmo assim, vale ficar atento às fases em que, geralmente, recomenda-se a troca da ração:
De acordo com a avaliação individual do seu amigo, o veterinário pode recomendar outras rações específicas, como as medicamentosas. Lembrando que a troca de alimento sempre deve ser feita de maneira gradual para evitar o surgimento de problemas gastrintestinais, como vômitos e diarreias.
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