Ver uma crise de convulsão em cachorro é bastante traumatizante. Ela costuma vir acompanhada de outros sinais, como rigidez muscular, salivação excessiva e perda da consciência, o que preocupa muito o tutor.
Porém, a apreensão vai além do susto: se não for assistido adequadamente, o cachorro com convulsão pode ter sequelas graves. O que acha de conhecer as principais causas de convulsão em cachorro e saber o que fazer para ajudar o peludo? Então, continue nos acompanhando!
O que causa convulsão em cachorro? A convulsão ocorre devido a uma espécie de curto-circuito cerebral, quando há um desequilíbrio na interação de neurotransmissores excitatórios e inibitórios, por vários motivos, que veremos mais abaixo.
É interessante destacar que esse quadro pode acontecer de duas formas: convulsão generalizada e convulsão focal. A diferença entre elas está no tamanho da área cerebral afetada.
“Uma convulsão focal ocorre quando apenas uma parte do cérebro sofre com descargas desordenadas de impulsos elétricos”, explica a Dra. Beatriz Helena Bauman Viana, médica-veterinária da Petz.
Nesse caso, ela diz que, muitas vezes, os sintomas de convulsão em cachorro são diferentes dos conhecidos. O pet não perde a consciência e apresenta a contração de apenas alguns músculos. Um exemplo comum das crises convulsivas focais é o Fly Snapping Syndrome ou Fly Biting.
O cão abocanha o ar como se estivesse caçando moscas imaginárias e não apresenta outros sintomas da crise convulsiva. O peludo pode também lamber os lábios como se tivesse acabado de comer algo. Trata-se de um sinal, não uma doença.
No caso das crises de convulsão generalizada, o cachorro perde a consciência e o controle motor e sensitivo. Ele cai e começa a se debater, podendo ou não apresentar movimentos de pedalar com as patas ou ficar com elas enrijecidas.
Ele também pode babar bastante, urinar, defecar e vocalizar. E neste momento, não há muito que o tutor possa fazer a não ser correr com ele para o atendimento veterinário mais próximo.
Quando a crise termina, o cachorro pode apresentar cegueira ou surdez passageira, dificuldade para caminhar, vômitos, prostração e falta de apetite. Alguns animais entram em um quadro chamado de status epilepticus, no qual as crises acontecem uma após a outra.
É também um caso de status epilepticus quando a crise é prolongada. Esse quadro é muito grave e configura uma emergência médica veterinária que possui alta mortalidade se não for revertida e tratada rapidamente.
O curto-circuito cerebral que leva aos movimentos involuntários e à rigidez muscular pode ter diversas causas, bem como as convulsões focais. De acordo com a especialista, entre as mais comuns, é possível citar:
Raças como beagle e setter irlandês têm mais predisposição para epilepsia. “Outras raças são mais propensas às doenças inflamatórias do encéfalo, como yorkshire, maltês e lhasa apso”, destaca a veterinária. “Já boxer e golden retriever apresentam mais predisposição a desenvolver tumores cerebrais”.
Para afirmar que o cão tem epilepsia, é preciso, antes, descartar todas as causas que podem provocar a convulsão no peludo. Só então o diagnóstico de que se trata de uma epilepsia verdadeira é concluído. Se sua dúvida é se convulsão em cachorro tem cura, nesse caso a resposta é não.
Então, o pet toma medicação para epilepsia pelo resto da vida. Infelizmente, quanto mais novo o cão apresentar as crises convulsivas, mais difícil é de controlá-las. Assim, o acompanhamento com o veterinário é fundamental para manter a qualidade de vida do peludo.
Ainda que não seja uma doença, mas apenas um sintoma, a convulsão em cachorro pode deixar sequelas graves e irreversíveis, independentemente da idade em que aconteça.
Por isso, caso ocorra a crise de convulsão em cachorro, é importante agir de imediato para diminuir os riscos futuros. “O cachorro pode ter lesões cerebrais irreversíveis. Muitas vezes, há falta de oxigenação cerebral durante a crise, o que pode levar a áreas de necrose no cérebro”, explica a veterinária.
Ao perceber os sintomas de convulsão em cachorro, mantenha-o deitado de lado em um local confortável e, de preferência, acolchoado. “Caso a crise não cesse sozinha após dois minutos, leve o cão a um hospital veterinário para atendimento imediato”, diz a especialista.
Existe uma crença de que a língua do animal se enrola de tal forma que pode asfixiar o cão durante a crise convulsiva. Isso não é verdade. Por isso, não tente mexer na boca dele durante a convulsão. Ele pode involuntariamente morder e machucá-lo sem querer.
E mesmo que a crise passe, é importante procurar ajuda quanto antes (idealmente, logo em seguida), para receber o diagnóstico e as orientações adequadas, prevenindo novos episódios e evitando sequelas.
E como tratar convulsão em cachorro? O tratamento depende da origem do problema. Assim, vá ao veterinário já sabendo que o peludo irá realizar exames complementares para descobrir se tem algo causando as convulsões ou se ele é epilético.
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