Você sabe como medir a temperatura de cachorro? Ocorrendo desde infecções e inflamações até doenças autoimunes, a febre é resultado de uma intensa atividade corporal para combater o que quer que esteja fazendo mal ao indivíduo.
Na prática, ela acaba servindo de indício de que algo não vai bem no organismo, estimulando-nos a tomar uma providência. Mas como medir a temperatura de cachorro a fim de constatar algum problema?
Conversamos com a Dra. Bruna Lacayo, médica-veterinária clínica geral da Seres, Maracanã, no Rio de Janeiro, que nos ajudou a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.
A não ser em situações específicas, como ao passar por uma triagem ou durante a pandemia do novo coronavírus, ninguém afere a temperatura à toa, isto é, sem que haja a suspeita de que um indivíduo esteja com febre.
Nós, humanos, geralmente recorremos ao termômetro quando sentimos calafrios, calorões, indisposição e mal-estar generalizado, além da sensação de “pele queimando”. Por outro lado, pode ser mais difícil identificar os sinais de febre em cachorro, visto que os peludos não têm como dizer o que estão sentindo.
De acordo com a Dra. Bruna, assim como a gente, os cães também tendem a ficar indispostos e apáticos quando estão com febre. O problema é que esses sinais são comuns a diferentes quadros. Não bastasse isso, os cães possuem temperatura corporal naturalmente superior à nossa, o que dificulta a tarefa de tentar constatar a febre apenas com o toque.
Muitos tutores já ouviram a recomendação de tocar no focinho do cachorro para sentir a febre. Contudo, de acordo com a Dra. Bruna, tal método não é confiável. “É imprescindível a aferição da temperatura via intrarretal para confirmar a temperatura”, esclarece a veterinária.
De maneira geral, não vale a pena tentar aferir a temperatura do cachorro em casa. Isso porque, em caso de febre, é indispensável uma avaliação veterinária a fim de identificar a causa do problema. Lembrando que não é recomendado administrar nenhum medicamento sem a orientação de um especialista.
Da mesma maneira, se o cãozinho não estiver com febre, mas apresentar sinais como inapetência ou prostração, a consulta com um médico-veterinário também será fundamental para descobrir o que pode estar acontecendo.
Porém, há casos muito específicos, em que o próprio veterinário poderá recomendar a aferição de temperatura pelo tutor, ensinando-o a fazer isso de maneira adequada, sem riscos para o pet.
Se você desconfia que seu amigo de quatro patas pode estar com febre, manifestando sintomas como calafrios e apatia, não perca tempo. Leve-o imediatamente para uma consulta com um médico-veterinário para descobrir o que há de errado com ele.
Uma vez levantadas as suspeitas ou confirmado o diagnóstico, há casos em que aferir a temperatura do cachorro pode ser útil e até necessário para acompanhar a evolução de um quadro, indicando a necessidade de procurar ajuda, sendo que a pessoa mais indicada para dar essa recomendação é o próprio veterinário.
A seguir, confira algumas dicas de como medir a temperatura de cachorro.
Saber como medir a temperatura de um cachorro para verificar se o pet está com febre pressupõe conhecer a temperatura normal da espécie. Conforme explica a Dra. Bruna, o calor corporal do cão é mais elevado que o nosso, podendo variar de 37,5°C a 39,3°C.
Assim, é considerada febre canina quando o resultado está acima de 39,3°C. Já a hipotermia é constatada quando o cão apresenta menos de 37°C. Em ambos os casos, tanto acima quanto abaixo do esperado, consulte um veterinário.
Para resultados mais precisos, a aferição da temperatura canina é feita com termômetro via intrarretal. A fim de tornar o procedimento menos incômodo, a veterinária recomenda dar preferência a termômetros com extremidade emborrachada.
Além disso, é interessante recorrer a instrumentos que façam uma medição rápida, com duração média de dez segundos.
Segundo a médica-veterinária, a posição ideal para medir a temperatura do cachorro é em estação, ou seja, com as quatro patas apoiadas na mesa. “Após o termômetro ser introduzido via intrarretal, deve ficar em contato com a mucosa retal, inclinado lateral ou verticalmente”, orienta a Dra. Bruna.
Constatada a febre ou mesmo um estado febril em cachorro, é essencial levar o animal para uma avaliação quanto antes, ainda mais em caso de febre persistente, que pode indicar problemas graves, como infecções.
Temperaturas muito elevadas, acima de 40°C, podem indicar até um quadro de sepse, situação potencialmente fatal, em que o corpo gera uma resposta inflamatória exacerbada, podendo comprometer o funcionamento dos órgãos. Fique atento!
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