O colapso de traqueia em cães é uma doença muito frequente entre os pets, especialmente os de raças pequenas. Como nem sempre é visível, muitos tutores não sabem que o companheiro de patinhas apresenta essa condição.
Um dos principais sintomas do colapso de traqueia em cães é a tosse. Ela pode ser confundida com gripe, engasgo, alergias ou outras doenças do trato respiratório. Então, venha saber o que é o quadro e como cuidar do pet.
A traqueia do cachorro conduz o ar até os pulmões. Ela é composta por anéis de cartilagem ou traqueais. O colapso de traqueia é uma doença progressiva que faz com que essas estruturas do órgão fiquem mais frouxas, diminuindo seu diâmetro.
Dependendo da intensidade do colapso de traqueia em cães, os sintomas variam de leves a severos. Eles são classificados em grau I (redução de 25%), grau II (redução de 50%), grau III (redução de 75%) e grau IV (passagem de ar quase totalmente obstruída).
O que causa colapso de traqueia em cães é a deficiência e a degeneração das cartilagens que promovem a sustentação do órgão. Isso leva a uma fraqueza da estrutura traqueal e a um estreitamento do lúmen (dispositivo da via respiratória parecido com um cano), o que dificulta a passagem de ar.
A fraqueza das cartilagens provavelmente está associada à deficiência de substâncias que dão sustentação e rigidez a essas estruturas, principalmente a condroitina. Além disso, o problema está associado a alterações genéticas, ou seja, filhotes de um pet com colapso de traqueia têm risco de desenvolver o quadro.
Os sinais clínicos e a intensidade variam conforme o grau do colapso de traqueia, mas geralmente começam com uma tosse seca e alta, além de espirro reverso. Com a progressão da doença, o pet pode apresentar dificuldade respiratória (principalmente durante ou após exercícios físicos e brincadeiras agitadas).
Em casos mais severos, a dificuldade respiratória pode deixar as mucosas cianóticas (roxas). O pet também pode ter desmaios decorrentes da obstrução da passagem do ar até os pulmões. Se o animal não for socorrido a tempo, o colapso de traqueia pode matar.
O colapso de traqueia em cães é causado principalmente por fatores genéticos. Nesse sentido, embora qualquer cachorro possa ter, o problema é mais comum em algumas raças de porte pequeno. Algumas das mais predispostas ao quadro são:
O diagnóstico de colapso de traqueia em cães pode ser feito clinicamente. O médico-veterinário analisa o histórico de saúde do pet, realiza a anamnese (perguntas sobre o cachorrinho), avalia os sinais clínicos e confere se a raça é predisposta ao problema.
Além disso, também há uma técnica de avaliação que consiste em uma “massagem na traqueia” para observar se o pet apresenta tosse. O diagnóstico definitivo é por meio de radiografia, que também mostra a região afetada e o grau de intensidade.
Como o colapso de traqueia em cães é uma doença progressiva, o diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento rapidamente com o intuito de retardar a evolução do quadro.
Essa é uma maneira de proporcionar mais qualidade de vida ao pet, evitando que ele apresente sinais clínicos mais severos. O médico-veterinário saberá como tratar colapso de traqueia em cães para conter o avanço.
Embora haja tratamento para evitar a progressão do colapso de traqueia, essa doença não tem cura. Nos estágios iniciais, o intuito é evitar a evolução e as crises. São usadas medicações antitussígenas, anti-inflamatórias, broncodilatadores e corticosteroides a critério do médico-veterinário.
Medicamentos à base de condroitina e outros elementos que podem fortalecer os anéis de cartilagem também são muito benéficos. Já nos casos de colapso de traqueia graus III e IV, poderá ser recomendada a intervenção cirúrgica para a colocação de uma prótese na região traqueal.
Cães que sofrem de colapso de traqueia precisam ter um cuidado especial. Fatores que aumentam o estresse e ansiedade ou exigem muito da sua condição física acabam piorando o quadro.
Alguns pets até sentem falta de ar quando se animam com a chegada do tutor em casa. Por isso, é importante lidar com esses momentos com muita tranquilidade. Se o cachorrinho é de raça pequena, as coleiras cervicais (no pescoço) não são uma boa escolha; vale dar preferência para as do tipo peitoral.
Como o colapso de traqueia em cães tem caráter genético, é importante incentivar a conscientização sobre o quadro, evitando que animais com essa condição se reproduzam.
Outra questão que já foi mencionada é evitar a coleira cervical, já que ela traciona a região do pescoço, aumentando os sinais clínicos. O sobrepeso dos animais também mostrou que a gordura na parte intratorácica pode limitar o movimento respiratório e intensificar os sintomas. Por isso, é importante manter os pets no peso ideal.
O colapso de traqueia em cães não tem cura, mas, com o diagnóstico precoce e correto, é possível proporcionar mais qualidade de vida ao pet. Confira mais informações sobre a saúde do companheiro no blog Seres!
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