Anestesia para cachorro: conheça os tipos e as indicações
Publicado em 02 de maio de 2019Tempo de leitura: 5min
Alguns procedimentos veterinários são relativamente rápidos e simples, como é o caso da cirurgia de castração (sobretudo de machos) e de remoção do tártaro. Mesmo assim, você já deve ter ouvido falar que eles também apresentam riscos, o que se deve principalmente à necessidade de uso da anestesia para cachorro.
Essencial para que o pet não sinta dores, a anestesia também serve para manter nossos amigos desacordados e imóveis durante os procedimentos cirúrgicos.
Afinal, diferentemente de nós, cães não sabem que devem ficar parados durante a limpeza dos dentes, por exemplo. E aí, está pronto para saber mais sobre quais são os tipos, os riscos e como funcionam as anestesias?
Tipos de anestesia geral: injetável e inalatória
Em humanos, é comum o uso de anestesia local em procedimentos simples, como remoção de verrugas ou mesmo tratamento de cáries. Isso é possível, porque, tendo consciência da situação, nós conseguimos nos manter parados, mesmo diante de barulhos altos ou de dores de pouca intensidade. Já os cachorros, não.
E, por isso, a anestesia geral sempre é utilizada. A seguir, conheça os dois tipos de anestesia para cachorro disponíveis atualmente:
Anestesia injetável
A anestesia injetável é o tipo mais tradicional, ainda muito usado devido a seu custo mais baixo. Com ela, o paciente recebe a anestesia por meio de um acesso venoso (cateter), que vai diretamente na corrente sanguínea.
Anestesia inalatória
Como o nome sugere, é absorvida por meio da inalação. Com o pet sedado previamente, ele é intubado e posicionado para inalar a anestesia e passar pela cirurgia. Nesse caso, o pet permanece com o tubo endotraqueal durante todo o procedimento.
Diferentemente do que muitos pensam, o medicamento usado nos dois casos não é sempre o mesmo. Ao contrário! Ele é escolhido pelo veterinário anestesista de acordo com diversos fatores, como idade, peso, estado de saúde, tipo e local da cirurgia.
O tempo que um cachorro leva para voltar da anestesia também vai depender do medicamento utilizado. Vale sempre a pena consultar o veterinário responsável e tirar suas dúvidas antes do início do procedimento.
Qual é o melhor tipo de anestesia para cachorro?
Uma das principais vantagens da anestesia injetável é o preço mais acessível. Por isso, ela é frequentemente utilizada por clínicas que realizam procedimentos a preços populares e em campanhas de castração.
“Para procedimentos mais curtos, pode-se optar pelo uso de anestésicos injetáveis de curta duração, como o propofol”, exemplifica a médica-veterinária da Petz, Dra. Thaís Batista. “[Já] para os procedimentos mais longos, a indicação depende do caso e da avaliação geral do paciente”, completa a especialista.
Qual das opções é mais segura?
Em geral, a anestesia inalatória é considerada mais segura. Isso porque, segundo a veterinária, o controle sobre ela é maior. “O anestesista consegue acompanhar a profundidade do rebaixamento da consciência e a quantidade de fármaco fornecida a cada instante.
Além disso, o paciente recebe oxigênio diretamente via sonda orotraqueal”, explica. “Caso haja uma parada respiratória, o anestesista pode ventilar o paciente mecanicamente, não deixando o organismo entrar em hipóxia (baixo nível de oxigênio), além de o retorno anestésico ser mais rápido”, diz a Dra. Thaís.
Risco de anestesia em cães
Independentemente do tipo, a veterinária enfatiza que o risco de anestesia em cães, gatos e outros animais sempre existe. “Isso acontece porque o anestésico age deprimindo o sistema nervoso central, responsável pelo controle do corpo”, alerta.
Por isso, na hora de escolher uma clínica para fazer procedimentos cirúrgicos — mesmo os mais simples — opte sempre por aquelas que tenham condições de atender o pet em caso de possíveis complicações, como:
- Alterações na oxigenação (incluindo parada respiratória);
- Alterações na pressão arterial;
- Hipotermia (queda brusca de temperatura);
- Arritmias,
- Parada cardiorrespiratória.
Apesar de riscos existirem, eles diminuem consideravelmente quando são tomados alguns cuidados. Entre eles, podemos citar a escolha de uma clínica de confiança, com um bom veterinário e anestesista.
Mesmo assim, existem alguns efeitos colaterais que podem advir do uso da anestesia, como:
- Vômito;
- Prostração;
- Baixa temperatura;
- Tosse,
- Alimentação seletiva.
Essas são reações possíveis durante o pós-operatório, mas não significa que não mereçam atenção. Caso o pet apresente algum desses sinais, entre em contato com o veterinário para mais orientações.
Preparação para a anestesia: uma etapa significativa
A segurança de qualquer anestesia, seja ela injetável ou inalatória, vai depender muito dos cuidados com a preparação. A Dra. Thaís destaca:
- Realização de check-up: a escolha do tipo de anestesia, assim como do medicamento utilizado, está diretamente ligada ao estado de saúde do pet. Por isso, é fundamental que o veterinário solicite antes hemograma, exames de função renal e hepática, além de ecocardiograma ou eletrocardiograma para avaliação cardíaca,
- Jejum: da mesma forma que médicos nos recomendam jejum antes de procedimentos cirúrgicos, o veterinário também pode pedir que o cão fique sem comer por algumas horas. Respeitar esse intervalo é importante, pois existe o risco de o pet vomitar ou regurgitar e, se houver conteúdo no estômago ou esôfago, ele pode aspirar e levar o conteúdo para o pulmão.
Quando aplicada em clínicas bem equipadas, por veterinários capacitados como os que você encontra na Petz, a anestesia é segura e, na maior parte das vezes, não causa problemas para o pet. Além disso, em nossas unidades, é feito um check-up e damos sempre preferência à anestesia inalatória, mesmo durante as campanhas de castração. Converse com um de nossos especialistas!
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