Considerado uma emergência ocular, o glaucoma é uma doença que também pode afetar nossos amigos de quatro patas. Caracterizado pela degeneração das estruturas nervosas dos olhos, o problema pode levar à cegueira. Conhecer melhor o que é o glaucoma em cachorro, o que pode causá-lo e quais são os seus sintomas evita consequências mais sérias. Continue conosco para saber mais sobre o assunto!
Para entender melhor o glaucoma em cães, é preciso compreender um pouquinho sobre como os olhos funcionam.
“No interior dos olhos, existe um líquido chamado de humor aquoso, que é responsável por manter o formato e a pressão dos olhos”, explica o médico-veterinário da Petz, Dr. Samuel Teófilo.
Esse líquido é produzido e eliminado diariamente, garantindo o bom funcionamento das estruturas. “Quando, por algum motivo, há interrupção desse processo, ocorre um aumento da pressão ocular e, consequentemente, danos a estruturas dos olhos”, continua.
A pressão aumentada impede o fluxo sanguíneo e causa lesões degenerativas na retina e no nervo óptico.
Mas o que pode gerar uma mudança na produção e eliminação do humor aquoso? De acordo com o Dr. Teófilo, uma série de fatores podem levar a alterações nesse processo, sendo que é importante distinguir dois tipos de causa do glaucoma em cachorro.
A primária, de origem hereditária; e secundária, ligada a algum fator que impeça a correta drenagem do humor aquoso intraocular. Entre esses fatores para o glaucoma canino, o especialista destaca:
Apesar de se tratar de um problema grave e emergencial, nem sempre é fácil identificar os sintomas de glaucoma no pet.
“Muitas vezes, no início, a doença é assintomática”, alerta o Dr. Teófilo. Porém, conforme ocorre o aumento progressivo da pressão intraocular, é possível notar alguns sinais, como:
Se perceber qualquer um desses sintomas, leve seu amigo para uma consulta com um veterinário especialista em oftalmologia.
Como de costume, o diagnóstico do glaucoma em cachorro deve ser feito pelo veterinário e envolve anamnese. Com atenção especial ao histórico clínico e familiar do pet, assim como exames clínicos e complementares.
Sobre esses últimos, o Dr. Samuel Teófilo explica que os principais são tonometria. Para medição da pressão intraocular; oftalmoscopia, para observação do fundo de olho, e a gonioscopia, para avaliação do ângulo de drenagem.
Todos os cachorros estão sujeitos a desenvolver glaucoma. No entanto, devido ao caráter hereditário da doença, algumas raças são mais predispostas do que outras, exigindo maior atenção por parte do tutor.
Entre essas raças, o Dr. Teófilo cita o cocker spaniel, basset hound, beagle, chow-chow, samoieda e akita.
“Nessas raças, a herança genética pode ocasionar a diminuição ou o impedimento da drenagem do humor aquoso, elevando a pressão intraocular”, explica o veterinário. “É como se fosse um ‘defeito’ na drenagem”, diz.
Uma vez diagnosticado o glaucoma, o tratamento depende da causa do problema. Assim, o Dr. Samuel diz que, em se tratando de glaucoma primário (de origem hereditária), o prognóstico é mais limitado.
“Requer um tratamento contínuo e, por vezes, até cirúrgico, permitindo que o pet mantenha a visão por mais tempo”, diz.
Mesmo assim, existe a possibilidade de ele desenvolver cegueira e ficar com dor crônica. “Nesses casos, para maior conforto e bem-estar, o veterinário pode indicar a remoção completa do olho.”
Já em se tratando de glaucoma secundário, como decorrente de uma uveíte ou luxação de lente, o olho poderá regressar ao estado normal com o tratamento da causa primária. Nesse caso, o sucesso do tratamento vai depender do diagnóstico precoce do problema.
“Com identificação da causa e da extensão da lesão, o tratamento segue a fim de controlar a pressão intraocular, reduzir a dor e prevenir a degeneração do nervo óptico, com prescrição de medicamentos tópicos e sistêmicos para aumentar a drenagem do humor aquoso”, conclui o veterinário.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas e garantir o bem-estar do pet. Portanto, fique atento aos sinais dados por ele e não deixe de levar o seu amigo para consultas regulares no veterinário, a fim de identificar alterações logo no início.
“Lembrando que, na medicina veterinária, a especialidade oftalmologia possui ampla tecnologia para atendimento adequado”, destaca o Dr. Samuel.
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