Bem-Estar

Gato estressado: o que fazer para tratar e prevenir o problema

Infelizmente, no nosso dia a dia, a palavra estresse é frequentemente banalizada. Mas saiba que, especialmente no caso dos bichanos, o assunto é coisa séria! Isso porque, de acordo com a médica-veterinária Karina Mussolino, gerente técnica da Petz, os gatos possuem uma fisiologia única que os torna bastante suscetíveis ao problema. “Esses pets possuem grande dificuldade de adaptação a novidades, evoluindo rapidamente seus níveis de estresse”, ela explica.

O resultado é que, com isso, os gatos acabam desenvolvendo diversos problemas comportamentais e até mesmo fisiológicos. A seguir, descubra o que deixa um gato estressado e o que fazer para evitar o quadro.

Afinal, por que os gatos são tão estressados?

Um dos sintomas de stress, como já foi dito, é a dificuldade natural que os bichanos têm de se adaptar às mudanças. Mas esse não é o único motivo.

De acordo com Júlia Andrade Campos, médica-veterinária da Petz, a falta de orientação dos tutores em relação a entender o comportamento da espécie e quais são os ambientes adequados aos felinos também têm grande impacto nos níveis de estresse dos gatos.

Para ajudar, ela cita que as principais causas do estresse felino podem ser tanto físicas quanto ambientais. “Alterações físicas que possam gerar desconforto, como ectoparasitas (pulgas e carrapatos) e verminoses podem gerar estresse”, exemplifica Júlia.

Já do lado ambiental, ela lembra que gatos são exigentes e gostam de rotina. Por isso, pequenas mudanças são o suficiente para deixar o gato agressivo. Troca de comedouro, troca do tipo de ração ou de areia sanitária, bandeja sanitária suja ou em local barulhento, novo pet na casa, mudança de casa, perfume forte. De acordo com a veterinária, tudo isso é capaz de aumentar os níveis de estresse de um felino.

Sintomas: como saber se seu gato sofre de estresse

Assim como as causas do estresse são bastante variadas, os sintomas também podem variar muito de caso para caso. “Vai depender do tipo de estresse acometido, se físico ou comportamental”, diz Júlia. Confira abaixo a relação dos principais sinais de estresse em gatos.

Sintomas do estresse físico

  •       Apatia
  •       Prurido intenso (coceira)
  •       Falhas e quedas de pelo
  •       Vômito
  •       Diarreia

Sintomas do estresse ambiental

  •       Lambeduras excessivas, ocasionando lesões de pele
  •       Micção fora da bandeja sanitária
  •       Miados altos e prolongados
  •       Agressividade
  •       Marcação territorial
  •       Constipação ou diarreia

Como sintoma frequente, a veterinária cita, ainda, que infecções recorrentes também podem ser ocasionadas por situações contínuas de estresse. “O pet estressado produz hormônios que acometem o sistema imunológico, deixando-o deficiente”, esclarece Júlia. Fique atento!

O que fazer para tratar o estresse em gatos

Buscar tratamento para um gato estressado não é apenas ajudar seu amigo a se livrar de um mero desconforto. “Quadros de estresse podem ter um papel importante no desencadeamento de doenças do trato urinário, como a Síndrome de Pandora (cistite idiopática felina)”, diz a Dra. Karina.

Para completar, Júlia cita a influência do estresse no desenvolvimento de infecções do trato respiratório e gastroentérico. “Podem ocorrer também dermatites e alterações cutâneas com queda excessiva de pelos e alopecia”, diz.

Por isso, ao suspeitar que seu gato está estressado, leve-o o quanto antes ao veterinário a fim de mapear qualquer alteração clínica, assim como a causa primária do estresse. Feito isso, ele poderá dar orientações de como proceder para melhorar a qualidade de vida do bichano.

Nesse sentido, a Dra. Karina Mussolino diz que o feromônio para acalmar gatos têm se mostrado grandes aliados no tratamento do estresse felino. “Diversos estudos mostraram que o uso do análogo sintético F3, tanto solo quanto auxiliar em tratamentos, diminui significativamente os níveis do estresse dos gatos em situações adversas”. Entre elas, a veterinária cita o efeito positivo dos feromônios em casos de hospitalização, pulverização urinária, consultas veterinárias e Síndrome de Pandora.

Gato estressado: como prevenir

Ainda que, vez ou outra, o bichano possa ficar estressado com alguma coisa ou situação, a boa notícia é que adotar algumas medidas simples no dia a dia já melhora, e muito, a qualidade de vida desses pets. Veja algumas delas:

  •  Busque orientações e procure acostumar o filhote desde cedo a situações variadas, como transporte, viagens, banho, sociabilização e consultas ao veterinário;
  •   Invista em arranhadores com catnip, conhecido como erva do gato, que tenham o dobro do tamanho do felino quando em pé;
  •  Comprado em lojas especializadas como a Petz, o catnip por si só reduz o estresse nos bichanos, além de contribuir para o trânsito intestinal;
  •   Garanta brinquedos variados que estimulem os instintos naturais dos gatos e tire sempre um tempo do seu dia para brincar com seu amigo;
  •    Em caso de mais pets na casa, assegure que o gato tenha sempre uma rota de fuga;
  •     Mantenha a caixa sanitária sempre limpa e em local tranquilo;
  •    Se possível, deixe prateleiras livres para o gato transitar e mantenha a cama dele em locais mais altos;
  •    Caso esteja planejando alguma mudança que afete o bichano – como mudança de casa ou adoção de um novo pet – aposte no uso de feromônios, como o Feliway;
  •    Nunca descuide da saúde do seu amigo, levando-o para consultas regulares no veterinário.

Lembre-se que cuidar da saúde do gato é o primeiro passo para mantê-lo sempre tranquilo e feliz. E isso passa não só pelo uso de brinquedos adequados, mas também por fatores como alimentação, conforto e higiene. Caso precise de alguma coisa, corra para a unidade Petz mais próxima a você ou visite acesse o site!

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