Bem-Estar

Como saber se o seu cão está acima do peso

Se, para nós, a questão do peso vem sempre acompanhada de pressões estéticas, o cenário muda completamente quando o assunto diz respeito a cachorro obeso. Salvo quando se trata de uma raça notoriamente esbelta, como os whippets, cachorros rechonchudos geralmente são vistos como graciosos, fortes e saudáveis.

Apesar do inegável charme de um cachorro gordo, a verdade é que a obesidade canina está associada a uma série de doenças, como diabetes, problemas de coluna, sobrecarga articular, etc. Por isso, saber identificar um cachorro obeso é o primeiro passo para garantir a ele longevidade e qualidade de vida.

O seu cão está obeso?

Quase todo mundo já ouviu falar no Índice de Massa Corporal (IMC), que serve de referência para o peso em humanos. Os cães, da mesma forma, têm para a espécie um índice específico.

Chamado de IMCC (Índice de Massa Corporal Canino), ele substitui a altura da fórmula humana pelo comprimento medido desde a nuca, por toda a extensão da coluna, até a ponta do pé da pata traseira.

No entanto, de acordo com a Dra. Camila Canno Garcia, médica-veterinária da Petz, o parâmetro mais utilizado para avaliarmos se o peso de um cachorro é adequado é o ECC (Escore de Condição Corporal).

“É um método em que são avaliadas características corporais, a partir da observação e da palpação da gordura do animal, o que resulta em uma classificação em uma escala de 1 a 9”, explica a veterinária. A escala é dividida da seguinte forma:

  • De 1 a 3 (abaixo do peso): em diferentes graus, o cachorro apresenta costelas, vértebras e ossos dos quadris visíveis, além da reentrância abdominal bem evidente;
  • De 4 a 6 (peso adequado): as costelas são pouco ou nada visíveis, mas podem ser facilmente sentidas na palpação. A reentrância abdominal existe, mas é pouco acentuada,
  • De 7 a 9 (acima do peso): além de pouco visíveis, as costelas dificilmente são sentidas na palpação, devido ao excesso de gordura. Além disso, o pet não apresenta reentrância abdominal.

Apesar de à primeira vista a escala parecer bastante simples, somente um médico-veterinário será capaz de dizer, com certeza, qual o escore corporal do animal e se o peso dele está adequado, sobretudo considerando as características específicas das diferentes raças. Por isso, na dúvida, o melhor é agendar uma consulta!

Principais causas da obesidade canina

Assim como ocorre com seres humanos, diversos fatores contribuem simultaneamente para que a obesidade se torne cada vez mais comum entre os cães. São eles:

  • Sedentarismo;
  • Excesso de petiscos;
  • Alimentação inadequada (de baixa qualidade e/ou ingerida em excesso);
  • Problemas hormonais,
  • Fatores hereditários.

Entre os pets com mais predisposição genética a desenvolver obesidade, a Dra. Camila cita os cães das raças labrador, golden retriever, pug, basset hound e teckel. O que não significa que os demais, inclusive os sem raça definida, não estejam suscetíveis ao excesso de peso.

Diagnóstico e tratamento

Se você desconfia que o seu pet já ultrapassou os limites aceitáveis de gostosura, deve levá-lo ao veterinário, que é o profissional capaz de diagnosticar o problema de cachorro obeso no exame físico e solicitar exames complementares que possam descartar doenças frequentemente associadas ao excesso de peso, como colesterol alto, problemas articulares, diabetes, etc.

Feito isso, as medidas a serem adotadas têm como alvo tanto a obesidade como as doenças que delas possam ter decorrido.

“O tratamento da obesidade é baseado na prescrição de dieta adequada e de exercícios físicos leves”, diz a Dra. Camila. “Em alguns casos, pode também ser recomendada a fisioterapia.”

Brinquedos interativos são uma forma de aliar restrição alimentar e estímulo à atividade física. Feitos para que você coloque petiscos e/ou ração para cachorro obeso dentro, eles permitem que o seu filho de quatro patas coma enquanto gasta energia! Converse com um veterinário sobre a melhor forma de usar essa alternativa para tratar cachorro obeso!

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