Para muita gente, a graça de comer certos cortes de carne está em segurá-los com as mãos e roê-los até os ossos. Porém, na maioria das vezes, os ossos são desperdiçados, de modo que, ao ver o pet com olhar pedinte, implorando por comida ao redor da mesa, alguns tutores se perguntam se cachorro pode comer osso de porco, por exemplo.
A seguir, explicamos se o cachorro pode comer osso de porco e quais são os riscos associados à prática. Continue a leitura e confira o conteúdo que desenvolvemos especialmente para você!
É sabido que, na natureza, sempre que possível, os cães roem os ossos das presas para remover qualquer proteína presa ali. Pensando nisso e na crença de que é preciso reproduzir em casa alguns hábitos dos cães selvagens, muitos tutores já pensaram em dar carne crua para o pet, o que não é recomendado.
De acordo com a Dra. Ana Rita Carvalho, médica-veterinária especialista em gastroenterologia da rede Seres, dar osso para cachorro faz mal se a estrutura não for cozida, aumentando o risco de contaminação por micro-organismos, como bactérias que causam doenças graves, como salmonella, e botulismo, especialmente em regiões endêmicas.
Corroborando o argumento da especialista, em 2019, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou uma análise microbiológica das fezes de mais de 400 cachorros, comparando os resultados dos animais que consumiam carnes cruas com os daqueles que se alimentavam de ração e/ou carnes cozidas.
O estudo revelou que cães que consomem o alimento cru apresentam uma chance 28 vezes maior de excretar bactérias da salmonella nas fezes. Isso representa um risco não apenas para o próprio cachorro, mas também para os tutores, visto que os humanos também podem se contaminar.
Por isso, nunca ofereça ossos para cachorro de carne crua! Vale lembrar que não existe congelamento profilático. A única maneira segura de acabar com esses micro-organismos é por meio do cozimento do alimento.
Cachorro pode comer osso cozido? Também não! Conforme explica a Dra. Ana Rita, embora reduzam significativamente a chance de contaminação, os ossos cozidos podem trazer outras consequências graves.
“Na maioria das vezes, o osso de porco para cachorro não é digerido e fica preso no trato gastrointestinal, o que leva à necessidade da retirada por endoscopia ou cirurgia”, alerta a especialista.
“A estrutura ainda pode ter pontas que perfuram o trato gastrointestinal, levando à contaminação da cavidade abdominal com fezes ou suco gástrico, o que é fatal”, reforça. Resumindo: não pode dar osso de porco para cachorro, seja cru ou cozido, pois as consequências podem ser fatais!
Parte da sequência comportamental de caça, o ato de roer é um comportamento absolutamente natural para os cães. Assim, não é recomendado reprimi-lo, haja vista que, especialmente em ambientes restritos, trata-se de uma das principais atividades recreativas para o cachorro quando ele está sozinho.
Por isso, se por um lado, não é recomendado oferecer ossos naturais ao cachorro, por outro, é imprescindível que ele tenha mordedores adequados para roer e se entreter.
Ao escolher um mordedor para o pet, em primeiro lugar, é preciso considerar o porte do cachorro, optando por um produto de tamanho proporcional a ele. Isso é importante, pois objetos pequenos em relação à boca do cãozinho podem ser engolidos acidentalmente, resultando em quadros graves, como engasgos e obstruções.
Já mordedores muito grandes são difíceis de apreender, de modo que o pet pode perder o interesse pelo brinquedo. A intensidade com que o cachorro rói os objetos também deve ser levada em conta na hora de escolher o mordedor.
Em geral, cães pouco roedores tendem a se dar melhor com materiais menos rígidos, como látex ou vinil. Já cães muito roedores e com grande força na mandíbula podem se adaptar a ossos de couro e mordedores de nylon. Portanto, agora, você já sabe se o cachorro pode comer osso de porco.
Fundamental para o bem-estar emocional do cachorro, o ato de roer também representa alguns riscos, com destaque para o de fraturas dentárias. Isso vale especialmente para materiais cuja densidade é maior que a dos dentes dos cachorros, como o nylon.
Para aumentar a segurança no uso desse tipo de recurso, o ideal é agendar uma consulta veterinária para saber se a saúde bucal do seu amigo está comprometida. Em caso afirmativo, é aconselhável optar por mordedores menos densos.
Lembrando que a ausência completa de mordedores na casa para dar vazão a esse instinto canino natural, levando o cachorro a roer objetos mais rígidos, como pedras, grades de ferro, etc.
Finalmente, além da escolha de mordedores apropriados, algumas medidas preventivas são essenciais para a manutenção da saúde bucal do cachorro. Entre elas, escovar os dentes do cachorro diariamente e levá-lo para um check-up com regularidade.
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