Os ossos são frequentemente associados aos canídeos em desenhos animados, acessórios para pets, etc — até mais que suculentos pedaços de carne. Pensando nisso, você sabe se o cachorro pode comer osso de costela?
De fato, o ato de roer esse tipo de estrutura é um comportamento natural para os cães, que o fazem principalmente para remover as proteínas presas aos ossos longos.
Já em casa, os ossinhos comprados em pet shops têm função mais recreativa, sendo uma importante maneira de manter o cãozinho entretido. Continue a leitura para saber se o cachorro pode comer osso de costela e outras informações sobre o assunto.
Seja para aproveitar os alimentos na integridade, seja para responder aos olhares pedintes do pet, pode ser tentador dar um osso de costela para cachorro. Mas acredite: há bons motivos para você não fazer isso.
Para responder à pergunta se cachorro pode comer osso, a Dra. Ana Rita Carvalho, médica-veterinária especialista em gastroenterologia da rede Seres, explica que os ossos de pedaços de carne crua podem gerar contaminações por micro-organismos causadores de doenças.
“Principalmente em regiões endêmicas, dar osso para cachorro faz mal para o organismo do animal porque a estrutura pode estar contaminada pela bactéria causadora do botulismo, por exemplo, além de outras, como as do gênero salmonella, clostridium, etc”, alerta. A respeito da oferta de ossos crus, é importante lembrar que não existe congelamento profilático.
Outro grande risco associado à oferta de ossos naturais, referente à dúvida “será que o cachorro pode comer osso de costela?”, é o possível efeito no trato gastrointestinal. Isso porque, na maior parte das vezes, os ossos não são digeridos e podem ficar “presos” no organismo do cachorro, o que leva à necessidade da retirada por endoscopia ou cirurgia.
“Esses ossos ainda podem ter pontas e perfurar o trato gastrointestinal, levando à contaminação da cavidade abdominal com fezes ou suco gástrico, o que é fatal”, enfatiza a especialista.
Assim como qualquer carne crua, os ossos sem cozimento são fontes importantes de contaminação. Para ter uma ideia, um estudo microbiológico feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2019 comparou as análises das fezes de cachorros que consumiam carne crua com as daqueles que não consumiam.
Os resultados revelaram que a ingestão de carne crua aumenta em 28 vezes a chance do pet excretar bactérias do gênero salmonella nas fezes, o que é um risco não só para o cãozinho, mas também para a família, especialmente para aquelas com crianças pequenas e idosos.
Mas será que cachorro pode comer osso de costela cozido? Segundo a Dra. Ana Rita, essa alternativa tampouco é recomendada, pois o aquecimento altera a estrutura de composição dos ossos, tornando-os mais propensos à formação de lascas, que podem provocar perfurações no trato gastrointestinal.
Nesse sentido, a especialista diz que mesmo os cozimentos que visam à dissolução dos ossos apresentam riscos. “Muitas vezes, não há a completa dissolução deles. Até porque, se dissolverem, não há mais objetivo do cão consumir a estrutura”, completa.
Seja natural, cru ou cozido, oferecer osso para cachorro deve estar fora de cogitação. Dito isso, é importante garantir que o pet tenha outros produtos mais adequados para roer. Do contrário, é possível que ele comece a destruir objetos da casa, como sapatos.
Como citado, roer é um comportamento natural para os cachorros. Isso faz parte da sequência comportamental da caça, correspondendo ao momento em que os cães roem os ossos das presas para remover proteínas grudadas neles.
Alguns estudos sugerem que roer os ossos também seria importante para aumentar o aporte de cálcio e limpar os dentes. Ao contrário dos cães selvagens, cachorros domiciliados não têm necessidade de complementos nutricionais, haja vista que as rações comerciais já proporcionam uma dieta completa e balanceada.
Mesmo assim, o hábito de roer exerce um papel recreacional importante, auxiliando o entretenimento do pet, especialmente quando ele está sozinho. No caso dos filhotes, roer também é importante no período de troca de dentes, ajudando a aliviar o incômodo nas gengivas decorrente do crescimento dos dentes.
Além de saber se você pode dar osso de costela para cachorro, é importante considerar que a escolha do mordedor mais adequado para seu amigo de quatro patas depende de alguns fatores importantes, como o tamanho da mandíbula, a saúde bucal e a força do pet.
De maneira geral, é recomendado que o mordedor seja sempre maior que a mandíbula do cachorro para não ser engolido acidentalmente, provocando engasgos. Por esse motivo, a especialista também alerta que o mordedor não deve soltar pedaços.
A força e a intensidade com que o cãozinho rói são outros fatores que influenciam a escolha. Cães muito fortes e roedores podem se beneficiar de mordedores mais rígidos, como os de nylon. Já cães menos roedores podem se dar melhor com materiais um pouco menos rígidos, desde que não soltem partes grandes.
Por fim, morder materiais rígidos com dentes frágeis aumenta o risco de fratura dentária. Portanto, especialmente no caso dos cães idosos, é sempre bom consultar o veterinário sobre opções mais seguras de mordedores. Agora que você já sabe se o cachorro pode comer osso de costela, que tal conferir outros conteúdos da Petz? Aproveite!
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