Para quem é das regiões Centro, Sudeste e Sul do país, pode parecer estranha a ideia de perguntar se cachorro pode comer graviola. Já para quem mora nas regiões Norte e Nordeste, a dúvida é bastante natural.
Afinal, devido ao cultivo e ao crescimento espontâneo nessas regiões, a graviola está mais presente no dia a dia das pessoas, que se perguntam se podem dar frutas para cachorro. Além disso, é possível que o próprio pet se depare com uma gravioleira nas andanças.
Originária das Antilhas e dos Vales Peruanos, a gravioleira ainda é pouco explorada para fins comerciais. No Brasil, ela é uma espécie subespontânea, principalmente na região amazônica do Pará, onde encontra o clima úmido e de baixa altitude adequado ao desenvolvimento.
Já no que diz respeito ao cultivo, segundo o Embrapa, as plantações de graviola ainda são pouco capitalizadas e apresentam baixos níveis tecnológicos, de modo que, mesmo em território nacional, o consumo da fruta é relativamente restrito a certas regiões — ainda que o cenário venha mudando com o passar do tempo.
Justamente por não ser uma fruta tão difundida e consumida no mundo todo, como é o caso da maçã, da pera e do morango, por exemplo, é mais difícil haver estudos específicos para responder se cachorro pode comer graviola e quais são os benefícios ou os malefícios dela para o animal.
De acordo com a Dra. Mariana Porsani, médica-veterinária especialista em nutrologia animal da rede Seres, não há relatos de toxicidade da fruta na literatura veterinária. Entretanto, caso a ideia seja incorporá-la como petisco na rotina do cãozinho, vale optar por opções mais conhecidas de frutas para cachorro.
Entre os motivos para a crescente popularidade da graviola, está a divulgação de estudos que sugerem diversos benefícios da fruta para a saúde de seres humanos. Nesse sentido, por ser rica em vitaminas do complexo B, ela teria um alto poder antioxidante, o que ajudaria a combater o envelhecimento precoce.
Além disso, é um alimento pouco calórico e rico em fibras solúveis, que reduzem o ritmo de absorção dos carboidratos pelo organismo, algo importante para o controle da diabetes. Recentemente, estudos preliminares também sugerem que a fruta teria propriedades anticancerígenas, algo que ainda não foi cientificamente comprovado.
Apesar de compartilharmos algumas semelhanças, o organismo do cachorro apresenta muitas diferenças em relação ao nosso. Assim, muitos alimentos considerados benéficos para nós podem ser nocivos para os pets, fazendo-nos questionar quais são as melhores frutas para cachorro.
Como exemplo da diferença entre o organismo animal e humano, estudos já comprovaram que o alho ajuda a reduzir o colesterol LDL e atua no controle da diabetes em humanos. Já para os cachorros, o alimento é tóxico e nunca deve ser oferecido.
Apesar de frutas e legumes serem ricos em micronutrientes importantes para os cachorros, como as vitaminas e os minerais, já são fornecidos em quantidade suficiente nas rações comerciais. Então, não foque apenas em saber quais frutas pode dar para cachorro, mas sim, quais são as melhores rações para ele.
Por fim, um dos perigos de creditar benefícios como ação anti-inflamatória e/ou antibiótica, controle de desequilíbrios como colesterol e diabetes, entre outros, às frutas e a qualquer alimento é que, com isso, muitos deixam de buscar um tratamento com acompanhamento veterinário para o amigo de quatro patas.
A tentativa de tratar suspeitas de problemas de saúde em casa pode atrasar o diagnóstico, levando ao agravamento do quadro e à maior dificuldade de tratamento. Por isso, ao notar que o peludo está doente, consulte um médico-veterinário e siga as recomendações do especialista.
Apesar de existir uma variedade de frutas que cachorro pode comer, não as ofereça com o objetivo de suplementar a dieta canina com nutrientes. Tampouco queira tratar problemas importantes de saúde com receitas caseiras e alimentos naturais.
Conforme já dissemos, ambas as práticas são prejudiciais para seu amigo de quatro patas. Tanto a dieta quanto os possíveis tratamentos devem ser prescritos e acompanhados por um médico-veterinário após uma avaliação do peludo.
Entretanto, é possível incluir mais frutas no dia a dia do cãozinho, o que pode ser vantajoso para ele. Altamente palatáveis para os cães, as frutas são alimentos pouco calóricos e com baixo teor de gordura em relação a outros petiscos prontos.
Muitas frutas são ricas em água, contribuindo para reforçar a ingestão hídrica e manter o pet hidratado, especialmente em dias quentes. De quebra, elas ainda são bastante versáteis, podendo ser servidas de diferentes maneiras.
Agora que você já sabe se cachorro pode comer graviola, é hora de montar sua listinha com outras frutas. Entre as mais recomendadas, estão maçã, pera, mamão, melão e melancia.
Algumas frutas cítricas, como abacaxi, laranja e tangerina, também podem ser oferecidas, desde que o pet não tenha problemas com a acidez. No caso de cães com gastrite, por exemplo, dê preferência a frutas menos ácidas.
A quantidade de alimento oferecida é determinante para não trazer nenhum malefício. Como petisco, a quantidade de fruta oferecida não deve passar de 10% da porção diária de calorias recomendada para o indivíduo. Em caso de dúvidas, agende uma consulta para seu amigo.
Oferecer alimentos seguros é importante para manter o bem-estar dos animais. Por isso, quando sentir dúvidas, como se cachorro pode comer graviola, consulte um especialista. Aqui, no blog da Petz, você também acompanha conteúdos semelhantes e encontra respostas. Não deixe de conferir!
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