Os cães têm uma capacidade impressionante de se adaptar a novas situações. Isso não quer dizer que não precisem de nossa ajuda para enfrentar certos desafios. Ao falarmos de um cachorro cego, a possibilidade de contar com outros sentidos bastante aguçados, como audição e olfato, ajuda o pet em suas atividades diárias.
Mas os tutores também podem fazer a sua parte, com adaptações no estilo de vida e na rotina que ajudem a manter o cão seguro e confiante. A seguir, veja algumas dicas preparadas pela Petz para garantir a qualidade de vida do bichinho.
Ainda mais em famílias com crianças, é comum encontrar um objeto aqui, outro acolá jogado pela casa. Porém, se você convive com um cachorro cego, o melhor é ficar atento para evitar que isso aconteça.
Ao contrário, procure deixar as passagens desobstruídas, evitando esbarrões que podem deixar o pet desorientado, com a sensação de que tomou o caminho errado. Assim, ele se sentirá mais tranquilo para continuar se deslocando com a ajuda do olfato quando o cachorro fica cego.
Móveis e outros objetos com estruturas pontiagudas na altura do pet são sempre perigosos. Mas eles são ainda mais arriscados para cães com deficiência visual, que têm mais chances de esbarrar neles por acidente.
No caso dos móveis, é possível apostar em protetores de quinas em espuma ou outros materiais que diminuem o impacto. Verifique a disponibilidade em algumas lojas de móveis comuns e também em lojas especializadas em acessórios para bebês.
Uma das perguntas mais feitas sobre o assunto é: “Meu cachorro ficou cego, devo mudar os móveis de lugar?”. Apesar de bem-intencionada, a atitude não é recomendada. De acordo com a Dra. Mayara de Souza, médica-veterinária da Petz, mudar a disposição dos móveis só servirá para deixar o pet mais desorientado.
Lembre-se de que, assim como nós, eles também tendem a gravar os caminhos percorridos rotineiramente e têm uma noção de onde estão os obstáculos. Ao mudar a configuração da casa, o cão perde o referencial e tem muito mais dificuldade de se locomover, ainda mais no caso de ser um cachorro ficando cego.
Tão importante quanto garantir que o pet consiga se deslocar pela casa com confiança e segurança é garantir que ele encontre acessórios de sua necessidade com relativa facilidade. Por isso, procure manter os acessórios essenciais caninos no mesmo local em que sempre estiveram, pois, dependendo do grau, o olho de cachorro cego não dá conta de encontrar esses itens.
A recomendação é válida especialmente para acessórios que os cães costumam procurar por conta própria, como comedouro, bebedouro, tapete higiênico e cama. E, claro, fique sempre atento e certifique-se de que o pet está conseguindo se alimentar bem.
Cães são muito sensíveis e rápidos em associar nossos gestos a certas ações. Basta um movimento de braço, uma troca de roupa, pegar o pote de ração ou algo parecido e os cães já sabem o que estamos prestes a fazer. Quando se trata de um cachorro cego, uma dica para orientar o pet é apostar na audição canina, que é muito aguçada.
O cachorro cego de um olho ou dois ainda reconhece bem estímulos auditivos. Use isso para atrair a atenção dele. O barulho da coleira também é indicativo que vocês vão passear. Além disso, converse bastante com o cachorro, sempre em tom amigável, e faça bastante carinho para que ele sinta a sua presença.
Um dos principais sentidos caninos, o olfato ajuda muito o cachorro com deficiência visual a se adaptar à nova situação. Use isso a seu favor, apostando em rações com aroma apetitoso e em atrativos no tapete higiênico, por exemplo. Lembrando que qualquer troca de ração deve ser feita aos poucos e, de preferência, recomendada por um veterinário.
Os passeios na coleira são muito importantes para o bem-estar do pet. Mesmo que não contem com o estímulo visual, cachorros cegos ainda podem se beneficiar com a atividade, que oferece também estímulos olfativos, táteis, auditivos e de socialização. Por isso, devem continuar a ser realizadas mesmo com cães que perderam a visão.
Diferentes doenças e condições podem levar à cegueira. Enquanto algumas são progressivas e requerem tratamento contínuo, outras são estáveis e não acarretam outros problemas de saúde.
Mesmo assim, a Dra. Mayara de Souza diz que é importante fazer o acompanhamento com um veterinário. “Isso garante que o cachorro não sofra com desconforto ou com dores decorrentes da doença que lhe causou a cegueira”, afirma.
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