O Brasil está entre os maiores criadores de pequenos ruminantes do mundo — e, claro, entre eles estão as ovelhas, que são animais dóceis e sociáveis. Há aquelas destinadas ao trabalho e outras à produção de leite, carne ou lã. Independentemente disso, a alimentação da ovelha determinará seu desempenho.
Escolher a melhor alimentação de ovinos não é uma tarefa tão simples, pois a oferta de alimentação dependerá da idade, sexo, estação do ano e finalidade da criação.
As ovelhas são animais que pastam e preferem comer plantas macias e curtas. Existe uma variedade de espécies que podem servir como alimentação para ovelhas. O médico-veterinário ou zootecnista é capacitado para orientar sobre a nutrição desses animais, mas vamos aprender os principais alimentos para ovelhas.
É importante compreender que, na alimentação da ovelha, um ecossistema de bactérias, protozoários e fungos também está envolvido. Os microrganismos presentes no rúmen atuam diretamente na quebra do alimento, transformando a comida em energia e proteína.
As ovelhas, assim como outros animais herbívoros, têm o estômago dividido em quatro compartimentos, sendo o rúmen (por isso o nome “ruminantes”) o local com presença de microrganismos que ajudam a digerir a celulose presente nas plantas.
Uma característica dos ruminantes é o ato de mastigar novamente o alimento que já foi ingerido. A comida volta para o boca e é engolida novamente, num processo onde são produzidos gases, como o metano.
O objetivo de oferecer a melhor nutrição é suprir as necessidades de manutenção, crescimento, gestação, lactação e produção de lã, respeitando as fases de maior demanda de cada animal, sendo balanceada tanto em quantidade quanto em qualidade.
Os alimentos volumosos são aqueles que possuem alto teor de fibra e baixas calorias, como os pastos, fenos e silagens. As fibras são as principais fontes de alimentação da ovelha, por permanecerem por bastante tempo no trato digestivo, e têm relação direta na fermentação pelos microrganismos do rúmen.
Elas precisam ser ofertadas em todos os períodos do ano, por meio das forrageiras e gramíneas colhidas pelo próprio animal durante a pastagem, como a braquiária. Caso não seja possível oferecer capim para ovinos de forma natural, como no inverno ou em época de seca, é possível ofertar silagem ou feno.
A silagem e o feno são alternativas de armazenamento das pastagens e permitem a alimentação dos animais mesmo em épocas adversas. A escolha entre uma ou outra técnica depende do clima local e disponibilidade dos vegetais.
O feno para ovinos é um capim cortado e desidratado. Pode ser comprimido em fardos para economizar espaço e precisa ser armazenado em um ambiente mais quente, para ser viável e manter os nutrientes. Já a silagem é úmida e armazenada em silos abaixo da terra ou elevados com uma capa protetora, onde ocorre fermentação da planta. Exige um pouco mais de técnica e cuidado.
Tanto a silagem quanto o feno devem ser feitos na época do ano em que se tem pastagem, para que, quando chegar a época de escassez de alimento, já estejam prontos. Também é possível adquiri-los prontos com comerciantes.
Ao contrário dos volumosos, os alimentos concentrados possuem altos níveis de caloria e baixo teor de fibras. Podem ser divididos em energéticos (milho, sorgo, trigo, aveia, nozes, etc.) ou proteicos (farelo de soja, amendoim, girassol, algodão, entre outros).
Os alimentos concentrados são usados na alimentação da ovelha para complementar eventuais deficiências nutricionais quando o animal se alimenta de alimento volumoso.
As vitaminas participam de vários processos do organismo animal. A carência de vitaminas ou a utilização inadequada causam deficiências nutricionais que afetam diretamente a produção animal, como baixo ganho de peso, pouca produção de leite ou má qualidade da lã.
Os minerais fazem parte da composição de estruturas do corpo e diferentes funções do metabolismo, como ações hormonais e acidez do sangue. A deficiência ou desequilíbrio de minerais acarreta problemas na produtividade, como diarreia, perda de apetite, baixa taxa de fertilidade da ovelha, etc.
Como a alimentação é um fator mais oneroso na criação de ovelhas, alternativas como alimentação oriunda de subprodutos da produção agrícola são boas opções econômicas.
As características do sistema digestivo dos ruminantes permitem que eles aproveitem os nutrientes de alimentos que seriam descartados, como farelo de glúten de milho, casca de soja, farelo de trigo, caroço de algodão, raspas de mandioca e resíduos de cervejaria.
Assim como para pets domésticos, há a ração para ovelha. Ela é comercializada em pacotes fechados, com nutrientes balanceados, teor de fibras, calorias e minerais adequados para a espécie.
Um contraponto quanto ao uso de ração talvez sejam os custos financeiros, pois esse tipo de alimentação encarece a criação, mas pode ser usado, se for necessário. Isso vale principalmente para épocas de estiagem ou quando o animal precisa de um reforço alimentar, por exemplo, ração para ovinos em lactação.
A alimentação da ovelha precisa ser devidamente balanceada. Ela é um animal sensível e que terá seu rendimento diretamente ligado à sua nutrição. No blog da Petz, você encontra outras dicas para a criação de ovelhas. Confira!
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