Devido à relação muito próxima que os cães desenvolveram com os seres humanos, aqueles que são apaixonados por pets costumam ficar com o coração apertado ao ver um cachorro de rua.
Sobretudo em centros urbanos, esses animais dependem de nós para conseguir alimentos, carinho e, principalmente, cuidados de saúde, como vacinação e vermifugação.
Mas nem todo mundo sabe como proceder para levá-lo para casa com saúde e segurança. A seguir, vamos conferir um passo a passo de como resgatar e adotar cachorro abandonado.
Eis que, a caminho de casa, você vê um cachorro perdido na rua e decide resgatá-lo para cuidar e dar a ele todo o amor merecido. Antes disso, porém, é preciso pegar o cachorro. Confira algumas dicas de como fazer isso sem colocar a sua segurança em risco.
É comum ver cachorro de rua transitando por vias movimentadas, sujeito a atropelamentos. Ao ver um pet nesta ou em outras situações de risco, procure atraí-lo para um local seguro. Para isso, tente chamar a atenção dele com algum objeto ou mesmo alimento — caso o tenha à disposição.
Uma vez que ele esteja fora de perigo, tente interagir com o cachorro. Lembre-se de que os animais de rua já passaram por maus bocados e podem ser muito desconfiados.
Por isso, use uma voz doce e vá com calma até ganhar a confiança dele. O ideal é que você consiga brincar e fazer carinho no cachorro sem que ele estranhe o contato.
Um pet em situação de rua está sujeito a uma série de doenças, muitas não transmissíveis para seres humanos. Contudo, algumas delas, como sarna sarcóptica, giardíase e dermatofitose, por exemplo, podem, sim, ser passadas do pet para você.
Sendo assim, se possível, é recomendado o uso de luvas ou de panos ao manejar o pet. Além disso, de acordo com a Dra. Priscila Zanotti, médica-veterinária da Petz, cães que estejam machucados e/ou com dor podem se tornar agressivos. Tenha cuidado!
Feito o resgate, é hora de dar início aos cuidados com o pet. E então: o que fazer primeiro, dar um banho ou levar o cachorro para uma consulta no veterinário? Veja esta e outras recomendações:
De acordo com a Dra. Zanotti, este é o primeiro passo. “O médico-veterinário, após consulta, orientará se o cachorro está apto ou não para tomar banho e qual é seu estado de saúde”, diz.
Após avaliação, ele poderá recomendar ração específica, entre outras prescrições. Ele também poderá dar início ao tratamento de verminoses, infestações por ectoparasitas, etc.
Nem todos os problemas de saúde ficam evidentes numa primeira consulta. Por isso, nos primeiros dias após o resgate, fique de olho no seu novo amigo e relate ao veterinário qualquer sintoma ou comportamento suspeito.
Para quem já tem um filho de quatro patas, o ideal, ao adotar um cachorro de rua, é manter o recém-chegado em um ambiente separado para, assim, evitar a transmissão de eventuais doenças.
O procedimento ajuda a prevenir uma série de doenças. Por isso, ainda que não seja possível realizá-lo de imediato, vale a pena já conversar com o veterinário sobre datas, valores e alternativas. Algumas cidades oferecem o serviço gratuitamente, mas é importante ficar atento ao tipo de anestesia.
Com base nas orientações passadas pelo veterinário, promova o conforto e o bem-estar do pet, garantindo quanto antes alguns itens fundamentais, como: caminha, cobertor, comedouro, bebedouro, ração, petiscos e também alguns brinquedos.
Ao resgatar um cachorro de rua, tenha em mente que você passará a ser responsável por ele, inclusive, legalmente. Ou seja, de acordo com o Artigo 936 do Código Civil, o tutor poderá ser punido em caso de abandono deliberado do pet resgatado.
Para quem resgatou um pet visando tirá-lo do perigo, mas não tem condições de ficar com ele permanentemente, muitas ONGs estão superlotadas e sem condição de receber novos indivíduos.
Sendo assim, o mais indicado é acionar sua rede de amigos na tentativa de dar uma nova família para o cachorro encontrado. Isso vale também para quando você não tem condições de arcar sozinho com os gastos: por meio das redes sociais, é possível pedir doação de ração e outras contribuições.
Ah! E, se você gostaria de contribuir com a causa animal, mas, por um motivo ou outro, não tem condições de adotar um pet agora, existem outras maneiras de ajudar.
Por exemplo, você pode apadrinhar o pet de uma ONG e fazer doações. “Nas lojas Petz, temos a venda de livros e calendários em que o valor é revertido para ONGs participantes do Adote Petz”, diz a Dra. Zanotti.
Outra parceria da Petz é com o Movimento Arredondar. Funciona assim: na hora de finalizar a compra, o cliente pode arredondar o valor, doando os centavos necessários para completar o valor cheio para o projeto. Esse dinheiro também é revertido para ONGs ligadas à causa animal!
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